Após perder primo em guerra entre Israel e Líbano, empresário vive dias de angústia e tenta trazer familiares para o Brasil

  • 03/10/2024
(Foto: Reprodução)
Amid Charafeddine, filho de libanês, mora em São José do Rio Preto (SP), mas mantém contato com a família libanesa diariamente. Já o comerciante Suhail Ahmad Farhad nasceu no Brasil e com 10 anos se mudou para o Líbano, onde viveu durante alguns anos. Israel, Líbano e Hezbollah vivem conflito no Oriente Médio; guerra já matou milhares Após perder um primo durante o confronto entre Israel, Líbano e o grupo extremista Hezbollah, um empresário descendente de libaneses, que mora em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, vive dias de angústia e desespero, enquanto tenta trazer seus familiares do Oriente Médio para o Brasil. 📲 Participe do canal do g1 Rio Preto e Araçatuba no WhatsApp Amid Charafeddine é filho de um libanês. O pai dele veio para o Brasil há 70 anos e a mãe nasceu em São Paulo, capital. O empresário vive em São José do Rio Preto desde que nasceu. De casa, ele acompanha aflito as notícias dos ataques de Israel contra o Líbano (entenda abaixo). Amid Charafeddine, empresário de Rio Preto (SP), tenta trazer familiares do Oriente Médio Reprodução/TV TEM O empresário mantém contato com a família libanesa diariamente por mensagens de celular, principalmente após ver vídeos que mostram as explosões e o desespero de quem tenta sobreviver em meio ao bombardeio. Um dos primos de Amid está entre as milhares de vítimas, incluindo crianças e mulheres, que morreram no conflito no Oriente Médio. “Esse pessoal que está em Balbeque já está com necessidade de alimentação, do básico, tem alguns dormindo em grupos com outras famílias, com medo, crianças inocentes morrendo, mesmo os que não tem nada a ver com a guerra”, relata Amid. Troca de ataques no Oriente Médio entre Irã, Hezbollah e Israel levanta preocupações LEIA MAIS HISTÓRICO DO CONFLITO: Israel, Líbano e Hezbollah vivem em tensão há quase 50 anos; ENTENDA: pagers explosivos, morte do número 1 do Hezbollah e operação terrestre em 14 dias A esperança é que os familiares consigam vir para o Brasil, a partir de uma “carta convite” que o país elaborou para trazê-los. Para quem acompanha de longe a situação das famílias que estão no Líbano, qualquer contato por ligação ou chamada de vídeo é um alívio. “Imagina você abandonar sua vida inteira para ser analfabeto em outro país, onde você não sabe nem o que te espera. Uma passagem custa 11 mil dólares, cerca de R$ 70 mil. E a pessoa acredita que vai passar”, pontua o empresário. Comunidade libanesa de Rio Preto sofre por parentes que estão no país atacado por Israel 'Não tem lugar seguro', diz filho de libaneses Suhail Ahmad Farhad conversa com familiares todos os dias e acompanha pela internet, em tempo real, o conflito no Líbano. A família do comerciante mora no Vale do Bekka, uma das regiões mais atingidas pelas forças israelenses, onde dois primos dele, de 30 e 33 anos, morreram. "Foi muito triste, nós fomos criados juntos, então é muito triste", lamenta Suhail. De Rio Preto (SP), Suhail conversa com família libanesa todos os dias Reprodução/TV TEM Suhail nasceu no Brasil, com 10 anos se mudou para o Líbano, onde viveu durante alguns anos, estudou e se formou. Aos 15 anos, inclusive, conta que chegou a vivenciar uma guerra civil no país. Há 30 anos, ele voltou para o Brasil, onde se casou, teve dois filhos e montou um comércio. “Em 1975 foi a guerra civil no Líbano, ficou vários anos, mas não igual a essa. Porque, hoje, o ataque de Israel está sendo em todo o Líbano. Não tem lugar mais seguro, porque eles estão atacando os civis em prédios. Todos querem sair vivos dessa guerra, eu ia todo ano ver a família e se Deus quiser vou voltar", revela Suhail. A última vez em que esteve no Líbano para visitar a família foi há um ano. O comerciante torce pelo fim dos ataques e quer reencontrar os parentes que, por enquanto, devem permanecer lá. Atualmente, 21 mil brasileiros vivem no Líbano. Desses, cerca de três mil pediram a repatriação, na Embaixada do Brasil, localizada em Beirute, devido aos bombardeios. Na quarta-feira (2), um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou com destino ao país para trazer 220 brasileiros. Outros voos ainda não foram confirmados. Israel, Líbano e Hezbollah entram em guerra no Oriente Médio A guerra no Oriente Médio Israel partiu para a ofensiva após quase um ano de trocas de hostilidades na fronteira, desencadeadas pela guerra na Faixa de Gaza, dizendo que quer garantir o retorno seguro dos moradores das áreas de fronteira que foram desalojados pelos ataques do Hezbollah. Israel diz que está atacando o grupo por ele não permitir que os cidadãos israelenses que moram ao norte do país, que faz fronteira com o Líbano, retornem às suas casas. Com isso, a "nova fase da guerra" anunciada pelo Exército israelense, e nomeada de "Operação Flechas do Norte", busca fazer com que os combatentes do Hezbollah deixem as regiões ao sul do Líbano. O Hezbollah prometeu continuar com os ataques contra Israel até que a guerra em Gaza termine. Os bombardeios entre Israel e o Hezbollah se intensificaram, desde meados de setembro, após as explosões dos pagers e walkie-talkies de membros do grupo extremista no Líbano. Israel e Hezbollah elevam tom sobre guerra total Desde então, o grupo libanês dispara centenas de mísseis por dia contra o território israelense, segundo Israel. Em contrapartida, o Exército de Israel bombardeou milhares de alvos militares do Hezbollah espalhados pelo Líbano, principalmente no sul do país. Os bombardeios israelenses mataram mais de mil pessoas no Líbano e fizeram com que milhares fugissem do sul do Líbano. Israel afirmou que faz ataques a locais de armas do Hezbollah e que já atingiu milhares de alvos desse tipo. O ministro da Saúde do Líbano disse que hospitais, centros médicos e ambulâncias foram atingidos. Embora o Hezbollah tenha sido enfraquecido, ele não foi derrotado. O grupo continua a disparar foguetes no norte de Israel - e ainda acredita-se que possua um enorme arsenal, incluindo mísseis de longo alcance. Irã faz ataque de grandes proporções contra Israel Reprodução/TV Globo Veja mais notícias da região no g1 Rio Preto e Araçatuba. VÍDEOS: confira as reportagens da TV TEM

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2024/10/03/apos-perder-primo-em-guerra-entre-israel-e-libano-empresario-vive-dias-de-angustia-e-tenta-trazer-familiares-para-o-brasil.ghtml


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